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sexta-feira, abril 29, 2005

Um minuto, por favor 

Juntem-se pequenos pedacinhos de coisas retiradas do que está á nossa volta. Por vezes não damos conta do que nos rodeia, passamos tempos imensos, muito mais que horas, absorvidos numa rotina, à procura de realizar um objectivo, por vezes seria saudável parar para pensar.
Tristemente aprendi o valor disto já tarde, quando já não seria possível criar em mim esse hábito. Talvez numa altura em que já funciono, em todos os sentidos, de uma forma tão mecanizada e particular, também tão imperfeita. Seremos todos assim no entanto, cabe-nos então tomar consciência do que nos falha. Será? É assim tão importante saber o quão limitados somos, quando se não o soubermos nunca poderemos admitir ter tais fraquezas. É como o indivíduo que desconhece ter a doença incurável que o vai matar. Ao desconhecer esse facto ele vai continuar a sua vida feliz ou infeliz, mas terá menos uma coisa com que se preocupar. Por outro lado, saber que vai morrer dentro em breve pode transformar os próximos dias do homem que vai então fazer o que sempre quis, aproveitar o tempo que lhe resta.
É então mais uma questão de como se encaram as coisas em vez de ter conhecimento delas. Já que conhece-las é inevitável, agora ou na hora da nossa “morte”. Teremos a chamada “morte do artista”. Quem sabe olhar para si, para os outros, para tudo está, concerteza, um pouco mais desalentado com as irregularidades comuns ao ser humano. A resignação é um caminho, mas o que digo é que é essencial desenhar-se um caminho alternativo, ter consciência das coisas é o primeiro passo, saber viver com elas é o segundo, colmatá-las é para predestinados.

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