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sábado, dezembro 20, 2003

Sabado de manhã. Dia em que tenho aulas. Dia que me lembro sempre as grandes futeboladas das Criações Velha Guarda na Quinta das Pratas aos Sábados de manhã. O pessoal das Criações, a equipa do Chiquita e o pessoal da Arrifana. Tempos que já lá vão em que até o Caneco lá estava para fazer uma perninha e marcar uns golos daqueles que ele sabe. É uma insustentável nostalgia...

Dedicado aos valorosos membos da Criações Velha Guarda 1458

sexta-feira, dezembro 19, 2003

As amigas excepcionais 


Pois lá vou eu tratar outro mistério feminino. Não, não é perseguição, é que quanto mais convivo com elas menos as compreendo. Acho que quando nasci compreendia-as melhor do que hoje.
Desta vez vou falar de casos mais particulares. Bom, penso não estar a cometer um erro ao dizer que as miúdas são lixadas umas para as outras. Muito lixadas mesmo! O pior inimigo da mulher (mais do que o síndroma prè-menstrual. E esse ainda é maior inimigo dos homens do que propriamente das mulheres!) é outra mulher. Todos os dias, milhares de mulheres se envolvem umas ás outras em todo o género de intrigas e desavenças. Já para não falar nas lutas, como eu ainda ontem vi na tv duas voluptuosas jovens a digladiarem-se num tanque de lama. Certamente tinham opiniões políticas diferentes.
Mas apesar disto tudo eu consegui encontrar uma agradável excepção a esta regra. São duas amigas, do meu conhecimento, que demonstram como pode ir longe uma amizade entre os “outras”. Acerca de uma delas eu não me vou pronunciar (muito) porque conheço pouco dela. Nem sei se ela é lixada para a amiga ou não, pelo menos á frente dela é simpática, mas isso todas o são... Pronunciar-me-ei então sobra a outra, até porque é nela que reside o extraordinário. Esta sujeita (não vou mencionar nomes) é um misto de “Cable Guy” com a tipa daquele filme “Jovem procura companheira” em que a Bridget Fonda (que é a mais bela actriz) é atormentada por uma parvalhona qualquer que a imita em tudo e depois a quer matar (uma coisa dessas).
Bem, desde a maneira de vestir ás opiniões, passando pela maneira de estar e de falar, a pobre coitada tenta assemelhar-se o mais que pode à sua amiguinha. Advirto aqui os meus caros de que não estou a falar de pitas, de facto elas até são bem mais velhas do que eu (above twenty), o que imprime um inevitável tom de comédia a esta história, como acontece com o “Cable Guy”.
É extraordinário então este caso porque foge á ordinariedade (se é que isso existe) das amizades entre mulheres. Imagine-se que, até quando uma das amigas (aquela que é venerada) tem atitudes imperdoáveis como faltar a compromissos importantes que tinha com outras pessoas, mostrando assim o seu verdadeiro carácter e a “validade” da sua palavra, a outra (a que venera) rapidamente se põe do seu lado fazendo o papel de advogado do diabo.
Compreendam que isto ultrapassa a compreensão de muito ser racional e hoje há muito boa gente que se questiona até quão longe vai aquela amizade. Questão fundamentada na afirmação recente da fulana que venera a outra: “Eu sou bissexual.”. Eu cá sou moço mui “open minded” e não tenho qualquer espécie de preconceitos, mas será possível as mulheres serem amigas umas das outras sem entrarem em extremos? E agora enquanto escrevo estas linhas estou a pensar naquelas duas a reforçarem a sua amizade... numa praia... à noite... sem nada a esconder...


O ultrajante anuncio do Fitness and Fruits

Sou rapaz de capacitado para entender o sexo feminino. Nasci com um aparelho que me permite deslindar algumas coisas acerca dessa espécie tão comum mas tão misteriosa.
Na verdade o que disse antes era tudo mentira. As mulheres encerram ainda muitos mistérios.
(sei que não se devem fazer parágrafos assim tão pequenos mas está a apetecer-me viver à margem da lei. Habituem-se!)
No outro dia até vi na televisão um anuncio que, com a maior das naturalidades, trazia até nós um exemplo de um dos mistérios dos “outras”.
Estou a falar do anuncio aos cereais Fitness and Fruits. Quem já viu de certeza que ficou tão ultrajado como eu, senão vejamos. No referido anuncio a miúda anda pela casa exibindo o seu corpinho (daqueles que quando usam biquini se nota o osso pélvico) até que se vê a rapariga ao telefone com um suposto gajo. Ao telefone o discurso da menina é o seguinte: “...não me está a apetecer muito...mas...”. Ora, quando ouvimos isto de alguém o que é que pressupomos? Que a vontade em ir não é muita(no mínimo), mas é que no anuncio o tom de voz com que ela diz isto dá a entender qualquer coisa como: “Epá até ia, se tivesse de escolher entre ir contigo e levar um enxerto de porrada. E mesmo assim não sei...” Bom até agora não há nada de misterioso. Ok, a miuda não quis sair com o rapaz... Se calhar ele era um gajo assim tipo Mariano Gago.
O caso reside no que vem a seguir. É que depois de ter dito isto aparece um imagem da mulher, armada em parva, toda contente a dar pontapés nas almofadas enquanto gritava a plenos pulmões: “Yes!”. Então mas o que se passa? Aparentemente ela aceitou o convite do fulano (do Mariano Gago) e estava toda feliz por ir sair com ele! Então mas se ela estava feliz por ir sair com ele é porque era algo que ela queria, que ansiava. E se ela queria assim tanto ir sair com o rapaz porque é que se pôs com aquelas parvoíces do “Ah e tal, não sei, e tal...”. E isto é que é o mistério! Porque é que elas se fazem de difíceis? Qual é o grande plano deste raciocínio: “Eu quero mais do que tudo aquela coisa, mas vou fazer os possíveis e impossíveis para que me seja difícil tê-la...”. É um misto de sado-masoquismo com aquela tendência para deixar o melhor de um refeição para o fim.
Meus caros, afinal de contas todos já sabíamos que as mulheres são assim. O que me choca é que isto já tenho chegado aos anúncios de cereais. Agora já sabem, quando alguma rapariga vos convidar para sair ou assim, façam-se de difíceis. Epá não queremos que elas pensem que somos umas vacas oferecidas não é!

(H)À falta de melhor...

Definitivamente não sei como é que isto vai acabar. Hoje em dia quem não tem tv por cabo ou parabólica ou qualquer coisa do género que o permita ter mais canais do que apenas os nossos quatro está literalmente fo... É assim mesmo! A nossa televisão tem para nos oferecer, num dia como o de hoje (quinta-feira), nada mais nada menos do que treze telenovelas, apenas uma na programação da RTP. De resto, e se seguirmos como exemplo a RTP, temos dezoito programas diferentes. Se tivermos em conta que os programas mais longos são a bela da Praça da Alegria, o Olá Portugal e o Portugal no Coração, todos eles com três horas, e que estes ultrapassam largamente a grande maioria dos restantes programas em termos de tempo concluímos que o total do tempo destinado à publicidade que a RTP1 passa é superior ao tempo em que Praça da Alegria está no ar (três horas), e mesmo esta tem intervalos publicitários! Passam vinte e uma horas desde que a emissão da RTP1 inicia até que começam as televendas. Nessas vinte e uma horas vão para o ar dezoito programas, quase todos com intervalos publicitários.
Dei o exemplo da RTP1 porque supostamente é aquela que menos tempo para publicidade deveria ter na sua emissão e, acreditando que isto é verdade, podemos imaginar como é a situação nos canais privados. O pior é que o tempo gasto em publicidade nos nossos canais parece ser o menor dos problemas. Embora eu não consiga ver um filme num canal privado sem que os quase quinze minutos de intervalo me façam adormecer ou esquecer o que já vi do filme, este ainda é um mal menor. É que só o facto de passar um filme que eu faça intenções de ver (ou que preste para alguma coisa) já é raro e digno de comemoração. Até a RTP1 que tinha as tão ansiadas sessões de Lotação Esgotada ás quarta-feiras à noite, ou a Noite de Cinema ás sextas abandonou esta tradição e trocou estes programas onde se podiam ver ou rever grandes filmes por programação de encher pneus ou filmes de segunda linha.
Apesar de tudo isto a RTP tem conseguido ser a melhor. Atentemos ao caso da TVI. Estação que “mui sanhudo” me deixa, quando nós pensamos que aqueles indivíduos já não nos conseguem surpreender, lá vêem eles com um programa especial do raio que os parta, onde podemos ver a actuar grandes nomes da música pimba portuguesa. Ou então fazem outra novela, igual a tantas outras e com os mesmos actores. Televisão para o povo? Ofensa ao povo! A TVI passa actualmente o mais descarado dos atestados de incompetência mental ao povo português e o pior é que o povo, alienado de todo, deixa-se agradar por isto. A TVI não promove qualquer género de actividade neurológica, e não há-de faltar muito até os seus espectadores assíduos comecem a perder faculdades e não evitem babar-se enquanto vêem televisão. Estou a evitar falar do Jornal Nacional. Penso não ser necessário dizer-vos a minha opinião acerca desse programa até porque não quero praguejar aqui.
Eis que chego ao meu pensamento inicial. Quem só tem os quatro canais está f... Quem tem safo aqueles que se recusam a tornar-se acéfalos é a RTP2, mas até essa, ultimamente, me tem deixado ficar mal. Já lá vai o tempo em que o Cinco Noites Cinco Filmes passava quatro grandes filmes e um mais ou menos. Agora passa um grande filme (ou um mais ou menos) e quatro “assim assim” (ou muito maus). Até as sitcoms das oito ás nove da noite, que já foram três séries e agora são só duas, foram perdendo a qualidade progressivamente e agora se nos quisermos rir com aquilo temos que mandar qualquer coisa ilegal cá p’ra dentro porque senão...
Nós, que somos do tempo do Agora Escolha e do tempo em que a TVI valia um car... e repunha o Esquadrão Classe A e afins, temos que nos revoltar com esta situação da televisão de fraca qualidade em Portugal. Que é feito de programas como o Duarte & Companhia?
Enfim, há falta de melhor na nossa televisão e à falta de melhor cá nos vamos entretendo...


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