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sexta-feira, dezembro 19, 2003

As amigas excepcionais 


Pois lá vou eu tratar outro mistério feminino. Não, não é perseguição, é que quanto mais convivo com elas menos as compreendo. Acho que quando nasci compreendia-as melhor do que hoje.
Desta vez vou falar de casos mais particulares. Bom, penso não estar a cometer um erro ao dizer que as miúdas são lixadas umas para as outras. Muito lixadas mesmo! O pior inimigo da mulher (mais do que o síndroma prè-menstrual. E esse ainda é maior inimigo dos homens do que propriamente das mulheres!) é outra mulher. Todos os dias, milhares de mulheres se envolvem umas ás outras em todo o género de intrigas e desavenças. Já para não falar nas lutas, como eu ainda ontem vi na tv duas voluptuosas jovens a digladiarem-se num tanque de lama. Certamente tinham opiniões políticas diferentes.
Mas apesar disto tudo eu consegui encontrar uma agradável excepção a esta regra. São duas amigas, do meu conhecimento, que demonstram como pode ir longe uma amizade entre os “outras”. Acerca de uma delas eu não me vou pronunciar (muito) porque conheço pouco dela. Nem sei se ela é lixada para a amiga ou não, pelo menos á frente dela é simpática, mas isso todas o são... Pronunciar-me-ei então sobra a outra, até porque é nela que reside o extraordinário. Esta sujeita (não vou mencionar nomes) é um misto de “Cable Guy” com a tipa daquele filme “Jovem procura companheira” em que a Bridget Fonda (que é a mais bela actriz) é atormentada por uma parvalhona qualquer que a imita em tudo e depois a quer matar (uma coisa dessas).
Bem, desde a maneira de vestir ás opiniões, passando pela maneira de estar e de falar, a pobre coitada tenta assemelhar-se o mais que pode à sua amiguinha. Advirto aqui os meus caros de que não estou a falar de pitas, de facto elas até são bem mais velhas do que eu (above twenty), o que imprime um inevitável tom de comédia a esta história, como acontece com o “Cable Guy”.
É extraordinário então este caso porque foge á ordinariedade (se é que isso existe) das amizades entre mulheres. Imagine-se que, até quando uma das amigas (aquela que é venerada) tem atitudes imperdoáveis como faltar a compromissos importantes que tinha com outras pessoas, mostrando assim o seu verdadeiro carácter e a “validade” da sua palavra, a outra (a que venera) rapidamente se põe do seu lado fazendo o papel de advogado do diabo.
Compreendam que isto ultrapassa a compreensão de muito ser racional e hoje há muito boa gente que se questiona até quão longe vai aquela amizade. Questão fundamentada na afirmação recente da fulana que venera a outra: “Eu sou bissexual.”. Eu cá sou moço mui “open minded” e não tenho qualquer espécie de preconceitos, mas será possível as mulheres serem amigas umas das outras sem entrarem em extremos? E agora enquanto escrevo estas linhas estou a pensar naquelas duas a reforçarem a sua amizade... numa praia... à noite... sem nada a esconder...


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